Friday, May 20, 2011

a sul

os dias são feitos de noites intermináveis
de canções que se enroscam ruidosamente ao corpo
e eu trago o inverno a respirar-me junto à face
trago as mãos rasgadas
sem bolsos onde se encolherem de frio
é mais do que certo:
se te visse regressar manhã dentro
não sobraria apenas a geometria das árvores em redor do coração

- Ana C. -

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A Sul de Nenhum Norte by Nuno Abrantes & Maria Sousa is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Proibição de realização de Obras Derivadas 3.0 Unported License